sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Escrava




Veja-me ajoelhada a seus pés,
Totalmente submissa
A todas as tuas vontades.
Uma perfeita escrava
De pele parda;
Uma boneca
De olhos e boca vendados.
Oh, arrasta-me pelas correntes
Que me mantém presa aqui!
Vê o sorriso em meus lábios?
Ele se apaga do meu rosto
Enquanto eu fujo dos teus domínios:
Minha fuga diária.
Toma minhas cordas,
Guia-me.
Sou nada mais que um fantoche
Em seu maravilhoso show de horrores..
Cala-me a voz.
Roube-me a visão.
Destrua meus ideais.
Oh, toma-me em teus braços!
Eu sou totalmente tua,
De corpo, alma e mente
Triste casca vazia.
Vê o crime que cometeu?
Possua-me com tua violência.
Fico feliz em servi-lo.
Vê o sorriso em meu rosto?
Ele se apaga enquanto eu corro para casa:
Minha fuga eterna.

In 27/02/2008

3 comentários:

  1. São lindos os teus poemas. Leio-os com certo êxtase. São de certa forma interpolares, pois chamam a atenção para o sexo, o prazer e a carnalidade sem no entanto tornar-se promíscuo. Esse me faz lembrar do Livro "50 Tons de Cinza", do qual eu nem gostei muito, entretanto seu poema consegue retirar a essência (que tanto interessa quem procura por ele) da história.

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    1. Nossa, Lucas, obrigada pelas palavras. Fico feliz que tenha gostado.

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